Os óleos lubrificantes para eficiência energética têm um papel indispensável. Independente da função – lubrificante, dielétrico, usinagem, entre outros – o desempenho dos óleos de máquina conta muito para a boa performance das máquinas e para a produtividade da indústria.
Eficiência energética é, em resumo, gerar a mesma quantidade de energia com o uso de menos recursos naturais ou realizar o mesmo serviço (trabalho) com menos energia. Essa noção vem crescendo nos últimos anos, especialmente com a expansão da Indústria 4.0 e com a crise energética no Brasil.
Veja no post a seguir como a qualidade dos óleos lubrificantes influencia na eficiência energética da empresa e impacta significativamente nos custos de produção.
Por que os óleos na eficiência energética das máquinas são importantes?
A qualidade do óleo lubrificante interfere diretamente na produtividade.
Relembrando, o óleo lubrificante tem como funções:
- Proteção contra corrosão e oxidação;
- Minimização de impactos e ruídos;
- Redução de atrito superficial;
- Transmissão de força;
- Refrigeração;
- Limpeza.
Note que a corrosão é responsável pela perda de cerca de US$ 2,5 trilhões na indústria mundial. Além disso, estima-se que cerca de 75% das falhas em máquinas industriais ocorrem por consequência da contaminação do óleo por partículas. Isso se deve à profundidade da relação entre o óleo lubrificante e os mecanismos da máquina.
Máquinas barulhentas indicam perda de energia – ou pouca eficiência energética – pois a energia que estaria sendo gasta gerando trabalho está sendo consumida para produzir ruído. De modo semelhante, o atrito inevitável entre as superfícies móveis dos mecanismos gera calor.
Se o lubrificante não for eficiente em realizar a troca de calor, a máquina pode superaquecer. Excesso de produção de calor significa energia desperdiçada em calor e não em trabalho útil para a fábrica. Ou seja, a indústria estará pagando pela geração de trabalho que não irá converter em lucro final.
Os custos com lubrificantes são considerados variáveis na indústria. Isto é, são difíceis de controlar e altamente impactantes no lucro final da empresa. Por outro lado, o lubrificante industrial tem longa vida útil. Uma vez que a troca de óleo seja realizada, espera-se uma duração de longo prazo, entre 5 a 10 anos.
Porém, para esta durabilidade ser máxima, é indispensável que a manutenção seja feita corretamente. Óleos lubrificantes de boa qualidade terão menor necessidade de manutenção, pois são mais eficientes nas trocas energéticas envolvidas no processo industrial.
Alguns estudos apontam que cerca de 3% do orçamento de manutenção é gasto com o lubrificante enquanto 45% é usado para o pagamento da mão-de-obra. Dessa forma, a menor necessidade de manutenção nas máquinas ao se escolherem lubrificantes de melhor qualidade aumenta os ganhos financeiros.
Concomitantemente, há um aumento na confiabilidade do equipamento.
Como saber se um óleo lubrificante está contribuindo para a eficiência energética dos equipamentos
A eficiência energética deve ser medida em termos de redução da energia consumida. Dessa forma, os critérios de qualidade de um óleo lubrificante no contexto da eficiência estão relacionados ao quanto de energia uma determinada máquina exige para funcionar corretamente.
Tipicamente, a indústria utiliza energia de várias fontes (química, elétrica, térmica) e a converte em movimento ou trabalho útil. Portanto, a eficiência global da máquina deve ser levada em conta ao estabelecerem-se critérios de qualidade para a aquisição de novos óleos ou mensuração da qualidade dos lubrificantes atualmente em uso.
Em outras palavras, a análise da eficiência energética do óleo não está separada do restante do conjunto e depende, também, dos parâmetros de qualidade da empresa.
A energia economizada, então, deve ser medida em relação ao que é utilizado para mover ou operar a máquina, o que pode ser feito de modo direto ou indireto.
Em termos de economia direta, um motor a combustão, por exemplo, deve ter sua eficiência medida em função da redução do consumo de combustível.
Em contrapartida, para um motor elétrico, a redução de energia em termos de corrente, voltagem e fator de potência precisarão ser medidas para fornecer a informação quanto à eficiência do óleo lubrificante.
Indiretamente, é possível verificar a redução no consumo de energia por meio da medição da temperatura de operação: se tiver reduzido, significa que a máquina está operando de modo mais eficiente. Esse método é mais recomendado em caixas de câmbio, motores elétricos e mancais.
Apesar de não informar claramente o quanto de energia foi poupado, a temperatura é um indicativo claro de redução de energia consumida. A simples troca de lubrificante por um de maior qualidade pode impactar enormemente nos custos e na eficiência energética de uma empresa.
Algumas pesquisas demonstraram que a troca de óleo mineral por lubrificante sintético trouxe uma economia global de 7,2% no consumo de energia de uma fábrica de farinha, o que significou uma redução de custos muito significativa.
Com o encarecimento das tarifas de energia, o custo com a aquisição de óleo lubrificante de maior qualidade rapidamente paga-se, tornando-se um investimento na empresa.
Para que a comparação seja consistente, é importante que sejam levadas em conta boas práticas de experimentação. Ou seja, que as condições para a comparação sejam similares (mesma quantidade de óleo ou reengraxamento), mensuração do equipamento em condições operacionais similares (carga e velocidade) e que o ambiente ou temperaturas no recinto sejam similares entre si.
Se possível, é desejável que sejam utilizados os mesmos instrumentos e métodos para medir o consumo de energia em ambos lubrificantes testados. Por fim, faça várias leituras para ter dados mais confiáveis e com menos variância.
Quais óleos são mais eficientes?
De modo geral, óleos sintéticos são mais eficientes do que os minerais. Estudos comparativos vêm comprovando essa perspectiva, demonstrando que, dependendo do custo com energia na sua região, a substituição por um óleo lubrificante de maior qualidade é indispensável para a manutenção da competitividade da empresa.
Assim, a qualidade do óleo lubrificante é essencial para assegurar a eficiência energética dos equipamentos industriais. Isto se deve principalmente às funções que este fluido tem na máquina, bem como à sua relação profunda com os mecanismos que a movem.
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