Manter as mãos higienizadas sempre foi uma necessidade, mas a pandemia do novo coronavírus tornou itens importantes, como o álcool em gel, em produtos essenciais para nosso dia-a-dia, desaparecendo rapidamente das prateleiras dos mercados e das farmácias.
A alta procura também estimulou uma elevação no preço deste produto. O Procon de São Paulo (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), por exemplo, registrou alta de mais de 500% no valor do álcool em gel poucas semanas depois da deflagração da pandemia.
Assim, a falta destes produtos e a elevação de seu valor de compra fizeram com que parte da população buscasse por alternativas para higienização das mãos e não demorou muito para que surgissem na internet receitas e fórmulas caseiras para produção do álcool em sua versão gel. É sobre este tema que trataremos neste artigo: afinal, o álcool em gel caseiro funciona ou não?
Características do álcool e suas principais aplicações.
Primeiramente é necessário pontuar que há diferentes concentrações de álcool. Isso ocorre, pois, a depender da finalidade de sua aplicação, a concentração de álcool em cada produto sofre variações, a fim de atender aos objetivos para os quais ele foi formulado.
- Saneante
É o álcool destinado à limpeza de modo geral, como higienização de superfícies inanimadas (paredes, mesas, macas, corrimãos). Tem concentração que pode variar de 46% a 92,8% de álcool e pode ser encontrado nas versões líquida e em gel;
- Cosmético
Cosmético (“Antisséptico e/ou para higiene das mãos”) ou medicamento, são produtos destinados para a higienização da pele e das mãos. Normalmente formulados com concentração de álcool a 70%, já que, em virtude da presença da água (na proporção de 30%), ele não volatiza tão rapidamente, ficando mais tempo em contato com a pele, eliminando organismos perigosos à saúde humana;
Funciona ou não funciona?
Agora, é hora de responder à pergunta: o álcool em gel caseiro funciona? Resposta rápida: NÃO. Ao diluí-lo com outros produtos como água, espessantes, gel de cabelo e até gelatina, como sugerem alguns vídeos que circulam na rede, sua eficácia é diminuída.
Além disso, muitos vídeos recomendam o uso de álcoois altamente concentrados, como os usados para fabricação de remédios e cosméticos, por achar que “quanto maior a porcentagem de álcool, melhor”, o que é uma inverdade.
Os perigos do álcool em gel caseiro
Para além de não manter as pessoas protegidas contra o coronavírus, o álcool em gel caseiro pode acarretar outros problemas. Por esse motivo, sua utilização deve ser vetada, bem como sua fabricação em ambiente doméstico.
Os riscos mais comuns associados ao seu uso são:
- Irritações na pele, já que concentrações incorretas de álcool, bem como utilização de produtos para espessá-lo e torná-lo gel são capazes de causar danos às mucosas, deixá-las mais sensíveis e ainda provocar inflamações e infecções por microrganismos;
- Riscos de incêndio e queimaduras de grau elevado. Vale lembrar que o álcool gel utilizado para desinfecção também é inflamável. No entanto, em virtude de sua consistência, o aparecimento das chamas é retardado, o que nem sempre ocorre na versão caseira;
- Descuido com a saúde, pois ao utilizar o álcool caseiro, que não é eficaz, as pessoas acabam se desprotegendo e colocando sua saúde em risco, mesmo porque, elas pensam que estão protegidas, mas não estão e acabam se contaminando com o novo coronavírus;
- Falta de controle e respaldo, pelo fato de que, ao fabricar o produto em casa, não existe nenhuma garantia de que ele irá funcionar. Como se não bastasse, as pessoas não contam com nenhum respaldo legal e farmacêutico ao utilizá-lo e ainda colocam sua vida em risco;
É importante observar que o uso do álcool em gel caseiro traz riscos não apenas relacionados à saúde, como visto nos tópicos acima, mas que o uso de espessantes, como gel de cabelo e amido de milho, é capaz de estimular a proliferação de microrganismos ao invés de eliminá-los.
O álcool em gel que protege contra o coronavírus
O álcool em gel que protege contra o coronavírus e também preserva a saúde de seus usuários é aquele fabricado sob rigoroso controle de qualidade e aprovado para uso pela Anvisa. Dessa forma, é possível ter certeza de que o produto não causará danos e, de fato, eliminará os vírus e demais microrganismos nocivos às pessoas.
Sendo assim, o ideal é adquirir o álcool em mercado, farmácias, farmácias de manipulação e demais fornecedores confiáveis para não cair em ciladas, perder dinheiro e colocar a saúde em risco. Evitar comprar o produto “feito em casa” ou mesmo tentar produzi-lo é essencial.
Uma dúvida que muitas pessoas têm é em relação à eficácia do álcool 70% líquido e em gel. Afinal, qual é melhor? Bem, em termos de eficácia contra o coronavírus e sua capacidade de desinfecção, ambos são iguais, porém o mais indicado é a versão gel, por diferentes razões.
O álcool em gel é menos agressivo para a pele, demora mais para entrar em combustão e adere mais às superfícies nas quais é aplicado. O motivo é que sua volatilidade é menor, ou seja, ele evapora lentamente e permanece mais tempo em contato com a pele, o que permite sua penetração no DNA/RNA dos microrganismos, assim, eliminando-os.
Porém, na falta da versão gel, a líquida pode ser usada sem maiores problemas. Outros cuidados na hora de comprar o álcool é observar se ele possui registro nos órgãos de controle sanitários, como a Anvisa, e se sua graduação é de 70%.
Por fim, vale lembrar: não fabrique álcool gel em casa e evite comprar produtos sem rótulo, caseiros e com adição de substâncias. Na falta do álcool em gel, o melhor é optar pelo bom e velho sabonete e lavar as mãos com água e sabão antes de tocar os olhos, nariz e boca. Conheça as soluções para higiene pessoal da Homy Química e tenha produtos produzidos respeitando rigorosos processos de fabricação, garantindo mais segurança e qualidade na higienização, acesse: www.homyquimica.com.br